terça-feira, 26 de agosto de 2014
Foi como um despertar dentro de mim!
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sábado, 12 de abril de 2014
A corrente vazia.
Entre 3 paredes num lugar escuro, sentada... Sem teto, com chão. As costas e a cabeça apoiadas no concreto frio... Os braços largados... Falta uma parede. Olho para frente e vejo um campo, as árvores ao redor, um pouco de água ao fundo, colinas... A lua. O céu estrelado com algumas nuvens cinzas, o luar, que me deixa ver... Pouco. Sinto o frio bater em mim lentamente. Arrasto lentamente os pés no chão crespo. Dobro os joelhos. Fecho os olhos e tento respirar... Ainda sufocada... Ainda. Inclino a cabeça e olho para o papel ao meu lado, pego a caneta... Arrasto o papel para perto de mim... Apenas olho para o papel. Arrasto a mão para escrever... Você me vem na mente e rapidamente fecho os olhos... Não quero lembrar... Dói. O vento... Frio, gelado... Busco ar e abro os olhos... Olho a lua. Você volta para mente novamente. Olho para frente... Não vejo nada, não dessa vez... Apenas sinto, apenas lembro, apenas relembro... Me cego. O vento... Gelado... Dói... A água ao fundo, e ao rosto... Olho para o papel... Posiciono a caneta, será pra você, por você, de você... Movo minha mão e paro. Não consigo! A corrente não deixa... Não consigo! Não consigo! O vento... Vazio e gelado... Solto a caneta, olho para a parede que não está ali... Fecho os olhos e fico. Apenas fico. O vento. A corrente pesada... O vazio e o você.
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sexta-feira, 11 de abril de 2014
Sempre com você.
As vezes as coisas estão muito erradas, as vezes nada está dando certo... Nem família, nem estudo, nem nada... As vezes a pessoa que eu quero não se importa, as vezes a pessoa que eu mais desejo naquele instante nem lembra de mim... As vezes eu queria sumir, as vezes eu queria sei lá... Desistir. E aí eu começo a me afogar dentro de mim, e cada vez mais deixo de respirar.
Então você entra no meu dia ... As vezes eu não quero nem falar, só escutar você, só ouvir sua respiração, só sentir que estou com você. Então você começa a arrancar uma palavra ou outra e eu até penso em me calar, dormir, mas estar com você é melhor. Não quero estar sozinha, enquanto posso estar com você. Aí você me conforta, e as palavras saem de dentro de mim, as lágrimas escorrem e eu não consigo me conter... Você escuta tudo, você sente tudo, você apenas se cala e sabe dizer tudo o que eu mais preciso ouvir no momento certo, não que você diga o que eu quero ouvir, porque não chega perto disso, mas você diz o que eu preciso ouvir... Sei lá... Você começa arrancar sorrisos, e lágrimas, e é nesse momento que eu me encontro em você.
Tudo deixa de ser como minutos atrás, e começa a se encaixar.
Eu deixo de sentir o vazio e sinto o cheio, sinto que o mundo pode acabar mas nada vai me derrubar enquanto estiver com você, porque por mais caída que eu esteja, você me levanta e me faz seguir em frente. Você acredita em mim. Você está em mim, e enquanto você estiver vivo eu não vou morrer.
As vezes me sinto inútil, as vezes me sinto egoísta, as vezes me sinto longe de poder te retribuir... E talvez isso não mude... E por mais que eu sinta tudo isso, eu me sinto feliz com você. Eu me sinto eu. Eu me sinto e sinto você. Me sinto viva novamente.
Eu queria ter palavras pra agradecer, eu queria ser metade do que você é pra mim, eu queria poder dizer tudo o que você significa pra mim, mas a única coisa que eu posso dizer é que você foi uma das melhores coisas, se não a melhor, que aconteceu na minha vida... Você na verdade não aconteu e nem é a melhor coisa da minha vida... Você é parte dela, e talvez por isso faça tanto sentido pra mim que você seja a pessoa que mais me conhece, e talvez que mais vai me conhecer em toda a minha vida... Porque você já é um pedaço meu, não de posse, mas por estar em mim, por ser eu.
Obrigada por tudo Kemuel De Mel Leopoldino, eu espero que um dia eu possa te agradecer ao seu nível, e espero que você sempre lembre que não importa o que acontecer, você vai ser eterno enquanto a vida me proporcionar as lembranças.
Eu te amo muito, jamais vou te esquecer.
*Sempre estarei com você, pois você sempre estará em mim.
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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Ama um vagabundo
Eu não sei falar de amor, não sei traduzir o amor, muito menos escrever poemas lindos que arrancariam suas lágrimas.
Não me dou bem com palavras.
Eu sei falar de amar, de sentir, de você e de mim...
Eu sei falar muito bem de você, mas não te descrever.
Eu sei falar do que sinto por você, do que você sente por mim, ou não sente... Enfim.
Só que escrever cansa, cansa porque são letras juntas formando palavras que apenas são vazias... Vagas. Como mentiras.
Então eu demonstro, demonstro como posso e até como não posso, pelo menos eu tento, tento de verdade. Verdade. Contrario de mentira... Saudade.
Saudade teoricamente seria de algo que se viveu, mas não, sinto saudade do seu eu...
Seu eu, que de verdade nem sei porque sinto saudade, mas sinto... Muita!
É um misto de vergonha e humilhação que deveria ser seu, mas veio pra mim, ao meu coração.
Coração. Coisa que você acha que não tem, finge não ter e os outros acreditam. De verdade, sinto pena do seu espelho, refletor de um buraco que te rasga por dentro e te faz ser mais ainda como é, uma mentira. E você esconde, tenta esconder, mas antes de dormir não consegue, ao se ver sozinho se perde, convive com seus próprios monstros e se diz forte quando anda se sentindo esmagado por seus próprios escombros... No fim você é fruto de seus próprios medos, você é o seu medo e esse é o seu maior segredo... E aí você mente pra você e pra mim, me faz lembrar o covarde que não é e o nada que se torna.
NADA.
E pra mim, a junção do saber e não saber se torna o tudo, me fazendo uma bela e vergonhosa, mulher de vagabundo. Não, me fazendo uma mulher que ama, ama você.
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terça-feira, 28 de janeiro de 2014
De tudo morrendo
As vezes a fraqueza vem de dentro, não é apenas a tristeza ou a mágoa que lhe consome, é algo nulo que por onde passa mata... Fica a dor, a dor insuportável no peito, no estômago, no pulmão e consome o nada fazendo que tudo fique morto.
Não se trata de ódio, nem de rancor, nem de tristeza, nem de lembranças, nem da solidão, nem de nada...
Se trata de tudo morrendo. De dentro pra fora e de fora pra dentro.
Postado por Luíza às 04:54 0 comentários
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Sua saudade.
E mesmo diante de todos os conflitos e aflitos eu senti saudade. Eu não só senti "saudade", eu senti sua saudade, não digo A sua saudade, mas saudade sua.
Eu senti ela queimar em meus olhos, e queimava... Muito... Então chorei. Senti em meu peito, agonia, queria gritar, mas não gritei. Eu senti a voz falhar, as mãos tremerem, eu senti... Foi como tirar o meu chão e me jogar num abismo. De joelhos. Eu cai.
Dizem que sentimentos não ferem fisicamente, talvez não, depende... Mas sei que cada lágrima que escorria era um rasgo que se fazia, dentro, fundo, profundo. Tremendo. Na minha mente.
Talvez não fosse apenas saudade, talvez fosse desespero. Porque eu me via... Me olhava e não me reconhecia. Vaga uma interrogação no espelho.
E todas as juras e promessas, que nada mais valiam... Escorriam. Pela boca, pela mente, pelos olhos. Escorriam. Sumiam antes de você ver, antes de você querer ver. TODOS ELES MENTEM!!!!
Nada mais adiantava, nenhuma palavra, nenhuma lagrima. Tudo morria.
Lentamente...
E eu ali, sentada, sozinha... De nada mais valia... DE NADA MAIS VALIA.
Apenas a saudade aqui permanecia.
Sua saudade. Saudade minha.
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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
A máscara
Eu esqueço do seu verdadeiro eu por alguns minutos... Eu confundo e penso que ele é fruto da minha imaginação... Me convenço que chegou ao fim, que tudo já deu, que tudo o que você tinha a me oferecer eu colhi, que nada mais adiantará eu permanecer por perto...
Desisto de estar.
Virando, olho pro longo caminho e me fere o coração ao pensar que tudo o que pensei ser você na verdade não era... Vejo o Relógio na imensa torre do final.
Eis que então você puxa meu braço e tira a máscara... Olho em seus olhos e vejo que minha imaginação era fruto da verdade... Você realmente é tudo o que eu imaginava, agora, penso.
Me faz desistir de andar, me prende ao seu lado, me faz não desistir de você e me dá todos os motivos para tentar enquanto sigo razão e sentimento...
Me sinto nas nuvens e no chão ao mesmo tempo.
Me lembro do começo ao fim como foi, me vejo no inicio do caminho, esperançosa a partir ao seu lado... O Relógio.
Paro, penso, e retorno a consciência que seus olhos me tiram...
Ainda estou no chão e seguro meu balão em forma de coração... Voando.
Mas agora eu sei, eu sei que esse tempo todo eu estava certa em insistir e continuar... Eu sei que esperar não foi em vão... Eu sei que a pessoa pela qual eu lutava, contra o orgulho e as coisas ruins que se oscilavam, estava e sempre esteve ali... Eu sei que por mais que eu não pudesse a ver, ela estava e por ela eu seria capaz de lutar e esperar mesmo que em vão... Mesmo que em vão! Mas eu faria, apenas por saber que era por ela ... E por ela eu faria... E ela está aqui... Quem me mostrou foi você... Você sabe.
Ou não.
Não sabe que eu continuo a cada passo ao seu lado, choro, grito, perco a razão e as vezes o sentimento... Me descontrolo... E quase rasgo o balão... Apenas por esses olhos, pois eu vejo eles aqui... Sempre! Sempre vejo eles aqui... Mas a máscara em suas mãos... Ah! Como dói... Como a odeio, com todas as minhas forças eu a odeio. Queria sumir com ela, queria sumir com as minhas duvidas, com tudo o que me faz pesar, queria sumir com os motivos da razão... As lágrimas... Queria não conseguir ver seus olhos...
Queria seus olhos, assim... Como são.
Postado por Luíza às 00:35 0 comentários